
Animal é um filme desinteressante. Tenho de o dizer assim depressa e sem pensar muito, para o tirar do sistema. Sim, tem um bom elenco, sim, tem um trailer apelativo e sim, ganhou inclusive alguns prémios de cinema europeu. Mas, não se entusiasmem demasiado, porque Animal é um filme desinteressante.
A história decorre algures no futuro (não muito distante) e numa cidade europeia (que nós claramente reconhecemos como sendo lisboa). Fala sobre a violência inerente ao ser humano, ao nosso instinto animal mas também à escassez dele. Diogo Infante é Iparrak, um assassino em série no corredor da morte, que aceita ser cobaia de uma experiência genética antes de ser executado. Andreas Wilson é Thomas, um biólogo com demasiada moral, que descobre como neutralizar o gene da agressividade humana e pretende prová-lo, curando Iparrak. Não é preciso muito para adivinhar tudo o resto que por aí vem.
A história está lá, existe, mas só nos concentramos realmente quando somos presentados com a brilhante interpretação de Diogo Infante e com as maravilhosas paisagens de Lisboa, mais concretamente do Parque das Nações. Quem diria que Lisboa podia ser usada para representar uma cidade do futuro? A verdade é que as paisagens são, sem dúvida, um novo olhar sobre a antiga Expo98, filtradas por uma poética fotografia. Também passamos pela extinta Feira Popular de Lisboa, um macabro cenário para a fuga de Iparrak. A nível técnico, portanto, nada a apontar. O argumento é que é francamente fraco e pouco cativante, com diálogos demasiado básicos para personagens, supostamente, tão inteligentes.
As únicas alturas em que essa inteligência transparece é quando decidem vomitar um sem fim de conceitos técnicos, como quem diz a lista do supermercado. De qualquer forma, tentem fazer o sacrifício de assistir ao filme. Diogo Infante merece o esforço.

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Vi o filme ha cerca de 10 min atras e para ser sincero.. nao o achei assim tao desinteressante. É claro que nao é uma obra prima mas merece bem mais que um 5/10.
Mais uma coisa.. O centro tecnologico e grande parte da acção passa-se no Europarque, em Santa Maria da Feira e nao no parque das nações como é dito.
Ricardo costa